27 de jul. de 2011

Colina do Silêncio

Andando naquele quarto
O sangue na parede
A criança gritando
E eu já não sabia mais onde

As correntes na porta
Me trancavam pelo lado de dentro
Estaria alguém me protegendo
Ou estaria alguém tentando me matar?!

Um buraco que levava para o submundo
Entrei, fui, andei
Entre estações de metrô
Floresta, cemitérios, celas
As criaturas do submundo me atacavam

Eram macacos com duas cabeças
Estátuas de mármore que ganhavam vida
Cachorros deformados...
Que mais pareciam personagens daqueles filmes de terror.

Uma mensagem na porta
"Não saia Walter."
Meu nome não é Walter
Quem é Walter?

Andando na escuridão
Descobrindo os mistérios
Fugindo das lembranças
Encontrando as chaves
Resolvendo quebra-cabeças
E o primordial de tudo:
tentando sobreviver.

A fé, eu já perdi.
O Cansaço, me perdoe,
Mas já não me cansa mais...
A escuridão é mais clara agora.
E o sangue está espalhado por cada canto desse abismo.

Agora, o que poderia eu fazer,
Senão esperar a morte chegar?!

Silas Tibiriça

Fica a dica: Se for reusar, coloque créditos... Esse poema eu escrevi pensando no jogo Silent Hill, espero que tenham gostado.

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