8 de ago. de 2011

O Homem da Balada

Uma garota, chamada Lúcia, foi numa balada, como muitas outras, curtir a noite, curtir a vida, como se a vida não tivesse fim ou como se aquele fosse realmente o fim da vida. No meio da festa, pouca iluminação, música alta, se interessou por um cara. Ele parecia ser mais velho que ela, moreno, usava óculos, aparelho, não tão bonito visualmente, mas atraente para o olhar de qualquer garota.

Ele não curtia a festa como os outros rapazes, tinha a expressão mais séria, só observava, sentado em um dos bancos perto do pequeno bar que a casa noturna tinha... Bebia uma ou outra cerveja, alguns outros drinques, talvez, Lúcia não sabia, notou ele fazia pouco tempo, mas agora não conseguia tirar os olhos dele, com aquela sensação de amor á primeira vista, ele ainda não notava ela, não notava ninguém, era um homem sem expressão, isso não assustava Lúcia, não como deveria.

Após algumas músicas e mais algumas bebidas, que só servem para aumentar a coragem de fazer aquilo que você não deveria, mas que realmente quer fazer, Lúcia chegou no rapaz. Conversa vai, conversa vem, descobriu o nome dele, conversa vai, conversa vem, já estava beijando ele.

No dia seguinte, só a ressaca moral, Lúcia não conseguia se lembrar do que tinha feito ou deixado de fazer, sabia que estava em casa, lembrava do rapaz, cujo nome era Thiago. Não lembrava se tinha rolado algo á mais na noite passada, não sabia nem como havia chegado em casa, mas sabia que foi bom.

Quando levantou, percebeu que sua boca começara a doer muito, uma dor muito dilacerante, que lembrava inflamação ou algo do tipo. Correu para o banheiro e quando se olhou no espelho se sentiu horrorosa. Sua boca estava enorme e cheia de feridas, começou a chorar, a pensar "por que aquilo?", pegou suas coisas e foi direto para o pronto socorro, sua boca estava duas vezes maior do que deveria e cheia de feridas, mal conseguia falar.

Chegando no médico, ele examinou a boca dela e perguntou se ela havia beijado alguém na noite passada, ela disse que sim, só lembrava de ter beijado o Thiago, mais ninguém. Então o médico pediu para que ela ligasse para que ele fosse ao consultório, ela, que tinha pegado o número dele, logo no começo da conversa, quando ainda tinha consciência do que estava fazendo, ligou para ele.

Quando Thiago chegou no consultório o médico pediu para que ele falasse o endereço dele, Lúcia não entendia nada. E então o médico ligou para a polícia e pediu para que a polícia fosse na casa do Thiago, ainda sem entender, Lúcia ficou sentada e Thiago muito nervoso já.

Na casa do Thiago foram descobertos cadáveres de jovens nas quais ele mantinha relações sexuais com elas (mesmo depois de mortas), e o médico teve essa atitude porque os ferimentos na boca de Lúcia foram ocasionados por fungos "post mortem", aqueles que dão em cadáveres quando acabam de morrer.

Pense novamente antes de beijar qualquer pessoa numa balada, da próxima vez que você for em uma.

Um comentário:

Gabrilho disse...

Que thrash!

Isso daê num é real, né?
Parece bastante uma história de Serial Killer.
8D