28 de dez. de 2010

Pílulas

Eu escrevi esse poema, nem lembro pensando em que ou em quem:

"Como uma pílula
Estou viciado em você
E quando gritei pelo seu nome
Achei mesmo
Que poderia ter você na prescrição médica.

Eu poderia te engolir
Pelo menos eu dormiria em paz
E teria bons sonhos.
Mas eu sei agora
Que você é daquelas com a bula preta.
Eu não deveria te tomar.

Mas isso não acaba com meu vicio
Eu vou ter que matar quantos para poder dormir?
Sim, eu disse que não consigo dormir até te devorar.

Poderia ser uma grande garrafa
Com grandes, grandes pílulas
Mas sem você dentre elas
Eu não vou conseguir dormir.

Mas acho que se eu colocar uma droga no meio
Pelo menos eu vou curtir durante a noite
Enquanto mato eles e tento a prescrição para tomar você.

Você pode não estar chorando
Mas eu estou sangrando.

Eu disse que não consigo dormir até te devorar.

E isso é porque minha dor
Ela realmente não tem vergonha de se repetir.

E dentre todas prescrições
Você é a única que eu não terei.

Então é melhor que durma bem
Enquanto eu procuro não acordar."

E descobri que consigo escrever coisas depressivas mesmo não estando depressivo, ou sequer triste, espero que tenham gostado.

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