Killjoys, prestem atenção! Foi isso que aprendemos depois de ouvir o novo álbum do My Chemical Romance 'Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys'.
Fãs e haters, descubram o que eles criaram:
Eu sentei e ouvi o álbum do My Chemical Romance esta manhã. E isso foi o que eu aprendi...
1. Esse não é o álbum de rock de garagem sem frescuras que eles inicialmente queriam fazer...
Agora 'Na Na Na' já foi distribuido pela internet como todos sabiam que iria acontecer, e a conversa de Gerard sobre como o álbum seria "trashy e punky" parece que foi descartada... mas não foi... Sim, a música já mencionada (que é a primeira faixa real do álbum), 'Party Poison', 'Save Yoursef, I'll Hold Them Back' e 'DESTROYA' todas parecem verões ampliadas do The Stooges, especialmente como o vocal não mais arranhado de Way e a guitarra estridente de Ray Toro marcando tudo, mas o ritmo do álbum é mais lento do que alguns poderiam estar esperando. Isso é uma coisa ruim? Passando de pomp-rockers que tocam em estádios para "speed-punk trash serial" um passo grande demais e poderia parecer que estavam fazendo isso sem nenhuma razão coerente... Mas a forma com que usaram tudo que aprenderam com o 'The Black Parade' e melhoraram em algums lugares parece natural e confiante.
2... mas isso não importa.
Musicalmente, o MCR sabe como escrever refrões. E isso senhoras e senhores, nem precisaria ser dito. Onde o 'The Black Parade' era grande em conceito, alcance e tom, 'Danger Days...' é menos teatral, e o modo que isso foi feito pela banda é dividido. 'Bulletproof Heart' é um hino glorioso com guitarras e bateria, e a exortação de Gerard em "Cante para os garotos, cante para as garotas" não vai parecer natural até eles estarem tocando em um festival no próximo verão. O mesmo com 'Planetary (GO!)', que usa maquinas nas baterias e sintetizadores para levar a banda a uma direção que nunca foram antes.
3. Esse álbum não conta toda a história dos Killjoys.
Fãs atentos já procuraram na internet, preenchendo as lacunas, mas isso é o que sabemos até agora: se passando em 2019, o álbum é guiado por Dr. Death - ele é a voz no inicio de 'Na Na Na' - que faz a transmissão via rádio para os Killjoys. Alguém chamado S/C/A/R/E/C/R/O/W está envolvido (ele tirou as fotos da banda na cadeia que foram postadas no site) e a coisa toda é um tipo de visão pervertida de uma América no futuro; a última faixa 'Vampire Money' deixa isso claro, e não vamos estragar a surpresa sobre como ela faz isso. Além disso, Gerard se juntou à artista Becky Cloonan e o escritor Shaun Simon para produzir um comic também chamado ‘The True Lives Of The Fabulous Killjoys’ - isso não só irá contar a mesma história do álbum em um formato diferente, mas irá, estamos apostando, acompanhar a narrativa e ajudar os fãs a ter uma visão melhor da história no disco. O que estamos vendo, é essencialmente, a criatividade da banda tomando forma musicalmente, graficamente e literalmente.
4. A banda experimetou no estúdio.
Ouvindo pela primeira vez, 'SING' e a faixa de abertura de 'The Kids From Yesterday' é um choque porque... bem.. elas são bem eletrônicas. Há novos sons e tons em todo o álbum, junto com teclados, alarmes, maquinas de bateria, e todos os tipo de parafernália eletrônica - provavelmente o que quer que eles tivessem e achassem que o som seria legal - Faz de 'Danger Days...' soar como nada que o MCR já lançou. Mas dê a eles algum tempo e tudo faz muito mais sentido, pois o que a banda tentou fazer é criar um estética totalmente nova, e é por isso que as imagens marcam uma clara diferença de tudo que eles costumavam ser.
5. Eles realmente gostam de The Cure
'Summertime' é tão ridiculamente semelhante ao período final do The Cure que é tentador fazer muitos comentários sobre góticos... Mas descrever o MCR como "emos" é tão estupidamente besta como descrever o The Cure como "góticos". Então não faça isso, internet.
6. 'Danger Days' ira decolar em uma escala gigantesca
‘S/C/A/R/E/C/R/O/W’, ‘Planetary (GO!) e ‘Bulletproof Heart’ são, como eu mencionei antes, MUSICAS GIGANTESCAS PRA CARALHO. E Não de uma forma Black Parade 'Vamos colocar tudo na música e torcer para dar certo', mas no sentido em que a banda trabalhou muito para criar músicas que detonem. Considerando que eles marcarão presença nos festivais de verão de 2011, eu acredito que eles terão uma produção que se integra ao álbum e o comic. Isso parece legal para você? Parece muito legal para mim...
7. Eles estão se divertindo muito
Aqui está algo que muitas pessoas não entendem: o My Chemical Romance é uma banda. Eles não são um culto, um fenômeno ou qualquer coisa do tipo, eles são caras que tocam música e fazem shows. No 'Three Cheers...' e 'The Black Parade' isso foi esquecido, provavelmente por eles; definitivamente pelo mundo; pois eles foram marcados como líderes de uma juventude esquecida ou algo assim. Os temas pesados em 'The Black Parade' e o circo feito pela mídia que girava em torno de qualquer coisa que a banda fazia não poderia estar mais no passado - uma narrativa no estilo comic book renderizada em cores super claras e que se passa no futuro, CARALHO! Isso deveria ser a banda responsável por toda a "tristeza" adolescente! E alguém escuta 'Na Na Na' e percebe - é uma explosão de som divertida que parece tão divertida, pois é deliberadamente vinda de algo significativo. Eles estão contando uma história, e há uma beleza nessa simplicidade.
Essa não é nossa avaliação de 'Danger Days' - isso acontecerá em uma edição futura da Rock Sound.
Fonte: MCRBrasil.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário